Esta semana, o setor energético em Moçambique recebeu uma notícia positiva com a confirmação da TotalEnergies de que irá retomar o seu projeto Mozambique LNG até 2025. Após ter sido suspenso em abril de 2021 devido a questões de segurança em Cabo Delgado, a empresa anunciou que a recuperação das condições de segurança, impulsionada pelas forças de defesa e segurança de Moçambique e apoio internacional, permitiu essa decisão. O investimento global estimado é de 20 mil milhões de dólares, que promete uma produção de até 12,8 milhões de toneladas de gás natural liquefeito por ano.
A Associação Moçambicana de Bancos (AMB) anunciou uma redução da taxa de juro de referência para 18%, marcando o sexto corte nos últimos sete meses. Esta redução tenta estimular o acesso ao crédito em um cenário que, embora promissor, ainda é frágil. Entretanto, a resposta do governo às críticas sobre o aumento do salário mínimo não foi a esperada, gerando descontentamento entre os trabalhadores, que consideram os reajustes insuficientes.
No contexto das finanças públicas, o FMI emitiu um alerta quanto à necessidade de reformas urgentes para evitar um colapso fiscal. Com a dívida pública atingindo 100% do PIB e o défice orçamental projetado em 1,9 mil milhões de dólares para 2025, o FMI sugere medidas estruturais como a contenção da massa salarial e a eliminação de isenções fiscais injustificadas. Sem essas reformas, a dependência do financiamento externo e a pressão sobre o tesouro só tendem a aumentar.
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